quinta-feira, 24 de março de 2011

FMI

Vi hoje que a Fitch, essa organização seríssima, recheada de analistas económicos infalíveis, com um QI a rondar os 300 pontos, e com um historial de avaliação de risco factualmente intocável, pelo menos relativamente à Islândia e à Républica da Irlanda, cortou, uma vez mais, o rating da dívida portuguesa em dois níveis, um novo passo precioso na direcção do apocalipse económico que o Medina Carreira me anda a prometer há anos.

Ontem, o Passos Coelho, no seu patriotismo incontestável, e após uma luta heróica para devolver a voz ao povo, mesmo quando este não apresentava sintomas visíveis de padecer de uma rouquidão aguda, disse, perante as câmaras, e com o seu já habitual carisma e glamour, que não tem alternativas para apresentar ao país, mas que está disponível para encontrar uma estratégia que restitua a esperança dos portugueses. Está visto que passou várias horas à frente do espelho do Miguel Relvas - o coitado nem dinheiro tinha para comprar umas prendinhas para as filhas, quanto mais comprar mobiliário para a sua barraca - a treinar o seu mobilizador discurso político.

O Sócrates, como se preparam umas eleições lá para Maio ou Junho, transmutou-se numa vítima indefesa desses papões que preenchem o Parlamento.

O Paulo Portas foi cómico como sempre.



O Jerónimo de Sousa disse qualquer coisa contra a política de Direita e o Louça, com a sua verve e eloquência primorosas, não disse nada.

F
oda-se, Mesmo Idiotas.

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